Dicas para passar o verão com saúde e qualidade de vida
Confira informações da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia para manter a qualidade de vida no período de altas temperaturas!
O presidente da SBGG, o médico geriatra José Elias Soares Pinheiro, explica que na velhice o indivíduo pode apresentar uma menor capacidade de se adaptar à elevação dos termômetros devido ao processo de envelhecimento, o que justifica haver uma maior atenção à saúde para evitar problemas como a desidratação e a hipertermia.
Entre as alterações no organismo que ocorrem com o envelhecimento, o geriatra destaca a redução da sensação de sede; bem como na percepção do calor e na capacidade de eliminar o calor do corpo (termólise). "No caso dos idosos, não se pode esperar ter vontade de tomar água para fazê-lo. Eles devem procurar bebê-la com constância, como uma rotina mesmo", salienta Pinheiro.
Entre os sinais clássicos de complicações do calor, como a desidratação, estão lábios e língua secos e diminuição da quantidade de urina. O presidente da SBGG complementa ainda que podem também ocorrer alterações de comportamento (agitação ou apatia; confusão mental), dor de cabeça, tonturas, fadiga e mal-estar.
Já os sintomas de alerta para hipertermia são contraturas musculares, náuseas, vômitos, dor de cabeça, fraqueza, tonturas ou até convulsões. Nestes casos as recomendações são mover a pessoa para um lugar fresco, de preferência com ar condicionado; deitá-la para que repouse, remover roupas apertadas e desconfortáveis; oferecer água se a pessoa estiver consciente e procurar imediatamente ajuda médica.
A Sociedade reforça que devido às características climáticas do Brasil, em que o clima tem se mostrado quente não apenas no verão, como tem ocorrido nos últimos anos no País e no mundo, é fundamental manter os cuidados com a saúde frente às altas temperaturas, independentemente da estação.
A prevenção deve ser feita a partir de cuidados simples e diários. Ingerir pelo menos dois litros de água por dia, usar roupas leves, preferir alimentos menos gordurosos, passar protetores solares nas áreas dos corpos expostos aos raios solares, são algumas medidas para manter a saúde elencadas pelo presidente da SBGG.
Dicas para passar o verão com saúde e qualidade de vida:
- Beba grande quantidade de água - o ideal é consumir no mínimo 2 litros ao longo do dia
- Nos horários de sol forte procure abrigo em lugares cobertos e arejados ou em áreas que possuam ar condicionado
- Vista-se com roupas leves, frescas - como as de algodão e cor clara. Óculos de sol e bonés também são aliados na proteção do corpo contra o calor
- Evite atividade física extenuante na parte mais quente do dia (entre as 10 da manhã e às 16 horas) - em especial a prática de esportes ao ar livre neste período
- Filtro solar e banhos mais frios são alguns dos cuidados com a pele essenciais
- Evite tomar cafeína e álcool, pois são bebidas que contribuem para desidratação
- Evite refeições quentes. Privilegie alimentos como as frutas, verduras e legumes, pois são fontes de vitaminas, minerais e fibras, além de serem alimentos mais refrescantes. Sorvetes também devem ser lembrados neste período
- Alimente-se com uma frequência a cada três horas
- Lavar e armazenar os alimentos de forma adequada ajudam a evitar contaminação, vômitos e diarreia.
Prevenção ao câncer de pele
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pele se apresenta basicamente sob duas formas: o melanoma e o não melanoma, sendo o principal fator de risco a exposição solar exagerada e até a predisposição genética pode contribuir.
De acordo com José Elias Soares Pinheiro, o uso do protetor solar não deve ser apenas em dias ensolarados e na praia ou piscina, mas sim todos os dias, e não importa o local, pois os raios ultravioletas têm capacidade de ultrapassar as nuvens em dias nublados e podem proporcionar queimaduras.
Além disso, é importante utilizar bonés e chapéus em períodos de longa exposição solar e roupas de manga longa como calças e blusas. O número do fator de proteção solar do filtro deve ser indicado pelo médico, a partir da análise de histórico familiar, risco de incidência e frequência de exposição.
Fonte: SBGG